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Volta Redonda – A equipe de Robótica do Colégio João XXIII, unidade da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), retornou da RoboCup — maior competição de robótica do mundo — com medalhas e uma ação de solidariedade na bagagem. A edição deste ano foi realizada em Salvador (BA), entre os dias 15 e 21 de julho, no Centro de Convenções da capital baiana. O evento internacional recebeu mais de 60 mil visitantes e reuniu cerca de duas mil pessoas, entre equipes técnicas e competidores, representando 43 delegações de diversos países, incluindo a Coreia do Sul, sede da próxima edição.
Representando o Sul Fluminense, a equipe de Volta Redonda apresentou dois projetos que disputaram entre mais de 800 robôs em diferentes modalidades. Os alunos Kawã Gomes Bitencourt, do 8º ano, e Ryan Thalys Sipriano Bendel, do 9º ano, foram os responsáveis pelas apresentações. A equipe conquistou a vaga para o mundial durante a etapa nacional da MNR (Mostra Nacional de Robótica), realizada em novembro de 2024, em Goiânia (GO). Também integraram a equipe o monitor Lucas Santini de Souza e o professor Frederico Pitassi de Paula, coordenador do grupo.
Ryan apresentou o projeto “Quiz Educacional Multidisciplinar 2.0”, um aplicativo que permite a criação de jogos de perguntas e respostas diretamente pelo celular. Já Kawã demonstrou o projeto “Bengala Inteligente para Deficientes Visuais”, um equipamento que emite sinais sonoros e vibrações para indicar obstáculos, com personalização de acordo com o perfil do usuário. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD).
Reconhecimento internacional e ação solidária
Os dois projetos receberam medalhas de excelência da Mostra Nacional de Robótica (MNR) durante a RoboCup, premiação máxima do evento, em reconhecimento aos resultados técnicos e ao impacto social das iniciativas.
Além da participação na competição com três apresentações, a equipe promoveu uma ação solidária: a doação de uma Bengala Inteligente à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Salvador, entregue à orientadora social Mariana Mattos.
O professor Frederico comemorou os resultados. “Foi um momento único e marcante para a educação tecnológica do nosso país. Mostramos que a escola pública é capaz e que basta sonhar e acreditar para ir de Volta Redonda para o mundo. Foi uma excelente forma de celebrar os dez anos das aulas de Robótica no João XXIII”, destacou, agradecendo ao prefeito Antonio Francisco Neto pelo apoio e por viabilizar a participação na competição.
O prefeito também parabenizou a equipe. “Mais uma vez a Robótica do João XXIII é motivo de orgulho para Volta Redonda, agora com reconhecimento mundial. Esse resultado reforça a importância de seguirmos investindo na qualidade do ensino. O projeto das Bengalas Inteligentes mostra ainda o alcance social desse trabalho, que ultrapassa as fronteiras da cidade e do estado”, afirmou Neto.
O estudante Ryan Thalys, com quatro anos de experiência em robótica, destacou o aprendizado e a convivência durante a viagem. “Fomos muito companheiros, conhecemos pessoas de outros estados e países. Interagi com mexicanos e até japoneses. Aprendi muito com outras equipes e robôs.”
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