
A Vigilância Sanitária de Campos dos Goytacazes interditou na manhã desta terça-feira (17), a sede do Projeto Pilar, serviço de fisioterapia que presta serviço ao Hospital Álvaro Alvim. Os detalhes sobre a interdição ainda não foram divulgados pela Secretaria de Saúde. A reportagem teve acesso a uma fonte que aponta uma das razões para interrupção do atendimento. Seria por conta de falta de documentação e funcionamento de forma clandestina.
O J3News obteve acesso com exclusividade ao inquérito civil instaurado pela 3ª Promotoria de Justiça do Ministério Público na cidade de Campos dos Goytacazes, que investiga suposto ato de improbidade administrativa envolvendo a destinação de verbas públicas para serviços de fisioterapia no município, onde o Hospital Álvaro Alvim e a “ONG” Pillar estão no centro das denúncias.
O documento destaca que trata-se de uma instituição não contratualizada pelo município, e que presta serviços de fisioterapia para a Fundação Benedito Pereira Nunes (FBPN), mantenedora do hospital.
O inquérito apura supostas irregularidades nos faturamentos apresentados pela associação, com possível enriquecimento ilícito da Fundação Benedito Pereira Nunes e da Associação Filantrópica Pillar.
A reportagem apurou, também com exclusividade, que uma auditoria interna concluída em setembro de 2024, conduzida pelo Núcleo de Regulação, Contratualização e Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde, aponta para uma estimativa de desvio de dinheiro público municipal de R$ 4,9 milhões, entre 2018 e 2024. Somando à verba federal, o montante estimado chega a R$ 9,9 milhões desviados neste período. A auditoria foi citada em reunião aberta do Conselho Municipal de Saúde, no último dia 3 de julho.
Matéria em atualização
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