
Foto: Vinícius Magalhães
Estado do Rio – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) reiterou, em um comunicado na manhã desta quinta-feira (31), sua grave preocupação com a implementação do tarifaço estadunidense de 50% sobre as exportações brasileiras.
De acordo com a Firjan, a escolha por deixar produtos de aço e alumínio de fora não alteram as tarifas de 50% sobre ambas as commodities, anteriormente incluídas na lista, por permanecerem como ponto a ser mantido na agenda de negociações.
Ainda segundo o comunicado, as tarifas anunciadas impactam diretamente a pauta exportadora do estado do Rio de Janeiro, salvo produtos presentes em listas de exceção, como óleos brutos de petróleo. A indústria de Petróleo e Gás compõe aproximadamente 60% das exportações fluminenses para os EUA, sendo o principal item na pauta exportadora e representando 40 mil empregos diretos no estado.
Segundo a Firjan, em 2024, 48 municípios do estado exportaram para o mercado estadunidense e poderão ser impactados pelo tarifaço. Ainda segundo a Federação, em consulta com a base empresarial, cerca de 60% dos respondentes esperam impactos das medidas em seus negócios no curto prazo, principalmente na queda de receitas, no aumento de custos operacionais e na redução das exportações.
A federação também receitou a preocupação do setor industrial com o impacto nos níveis de emprego nos setores afetados. 42% dos empresários entrevistados pela Firjan manifestaram que temem a possibilidade de redução de postos de trabalho.
“Em contraste com as medidas aplicadas, Brasil e os EUA mantêm um longo histórico de relações voltadas para a promoção dos negócios. Os EUA são o principal investidor externo direto no mercado brasileiro e o segundo maior parceiro comercial do Brasil, registrando superávit de US$ 7 bilhões em relação ao Brasil em 2024”, afirma o comunicado da Firjan.
Nesse contexto, a Firjan defende a urgência da intensificação da atuação diplomática e paradiplomática em diversos níveis para construção de uma solução negociada e célere para mitigação dos impactos econômicos e sociais das novas tarifas anunciadas.
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