Sem essa de ex

Redação
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O prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, fez questão de mostrar o quanto gosta do amigo Diogo Balieiro.

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No almoço que ofereceu ao governador Cláudio Castro, Neto separou uma cadeira ao lado da sua, bem perto de Castro, para Balieiro se sentar bem posicionado.

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Detalhe: a mesa em questão estava separada apenas para prefeitos e deputados.

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Neto fez questão de destacar o potencial do ex-prefeito de Resende: “Volta a ser prefeito quando quiser e vira deputado quando quiser, como não vai sentar aqui”.

 

Bateu, mas não doeu

Os Estados Unidos oficializaram nesta quarta-feira (30) a aplicação de tarifas de 50% a produtos de origem brasileira. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, entrará em vigor no dia 6 de agosto e afeta itens como carne bovina, café, frutas frescas e mel.

O que surpreendeu a muitos foi que, por outro lado, uma lista extensa de exceções — 694 ao todo — ameniza o impacto da medida, incluindo setores estratégicos para a balança comercial brasileira.

Aço

Entre os produtos que escaparam da taxação estão o aço e seus derivados, item central da pauta de exportações brasileiras para os EUA. O setor, que nos últimos anos enfrentou sucessivos embargos e sobretaxas, desta vez ficou de fora da lista tarifária, o que favorece a indústria brasileira do metal.

 

Laranja

No agronegócio, o suco de laranja também foi excluído da nova taxação. O Brasil é o principal fornecedor mundial do produto. Cada tonelada do produto já sofre uma tarifa de US$ 415 no desembarque nos EUA, o que torna a exclusão de uma nova cobrança especialmente relevante.

 

Calibrada

Ainda no campo das exceções, foram retirados da lista de sobretaxação itens como castanhas, produtos florestais e uma série de fertilizantes, tanto orgânicos quanto minerais. Embora represente um gesto protecionista com impacto sobre diversos segmentos do agronegócio brasileiro, a medida de Trump foi calibrada para evitar conflitos com cadeias produtivas integradas ou setores onde há interdependência comercial.

 

Soberania

Mais cedo, o presidente Lula disse ao New York Times que o Brasil não aceitará ser parte de uma nova Guerra Fria contra a China e que negociará como país soberano. Ele criticou a mistura de política com comércio e disse que Trump não demonstrou interesse em diálogo. Lula afirmou que o país buscará novos mercados caso o tarifaço se concretize. Segundo ele, o Brasil não vai “chorar o leite derramado”.

 

Paga mais

A China declarou apoio ao Brasil e criticou as medidas estadunidenses. “Temos uma relação comercial extraordinária com a China. Se os Estados Unidos e a China quiserem uma Guerra Fria, não aceitaremos. Não tenho preferência. Tenho interesse em vender para quem quiser comprar de mim, para quem pagar mais”, afirmou Lula.

 

Petróleo

No segundo trimestre de 2025, 8% do petróleo exportado pela Petrobras teve como destino os Estados Unidos, enquanto os derivados somaram 28%. Apesar da ameaça de tarifas de 50%, o petróleo ficou isento por decisão do governo Trump. A China lidera as compras do óleo brasileiro, com 54% do total exportado. Os EUA aparecem atrás da Europa e da Ásia. A Petrobras destacou esforços para ampliar mercados e informou crescimento de 5% na produção em relação ao trimestre anterior.

 

Investimentos

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira (30) que o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump não deve afetar os investimentos diretos dos EUA no Brasil, por se tratarem de decisões de longo prazo. De janeiro de 2024 a junho de 2025, empresas americanas investiram US$ 12,25 bilhões no país. O governo brasileiro já elaborou um plano de contingência para setores afetados, mas não precisará redesenhá-lo, pois itens estratégicos foram isentos da taxação. A experiência com as enchentes no Rio Grande do Sul ajudou a estruturar a resposta econômica.

 

Moraes

Os ministros do STF devem defender publicamente Alexandre de Moraes na reabertura dos trabalhos da Corte, nesta sexta-feira (1º). Moraes foi alvo de sanções financeiras dos EUA com base na Lei Magnitsky, o que gerou reação apenas do ministro Flávio Dino até agora. A medida marca a segunda sanção, após a revogação de vistos dele e de seus familiares. As punições ocorrem em meio à investigação contra Eduardo Bolsonaro, que atuou nos EUA para pressionar a Justiça brasileira. Moraes é relator de processos sobre a tentativa de golpe de 2022.

 

Fica a dúvida

A deputada federal Carla Zambelli foi presa em Roma, na Itália, nesta terça-feira (29), após ter fugido do Brasil há dois meses por um mandado de prisão do STF. Ela foi condenada a 10 anos de prisão e a pagar R$ 2 milhões por ter sido a autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ em 2023, que emitiu um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O Brasil solicitou a extradição de Zambelli, mas a decisão final cabe à Justiça e ao governo italiano, em um processo que geralmente é demorado. A defesa alega que ela se entregou, mas a Polícia Federal e um deputado italiano afirmam que a prisão foi resultado de cooperação.

 

Multas

A Justiça Federal cobrou explicações da Aneel por permitir a renovação de concessões de distribuidoras de energia com R$ 1,18 bilhão em multas não quitadas. Entre elas está a Enel, responsável por apagões em SP e que sozinha deve R$ 517,8 milhões. A decisão da Aneel, tomada em fevereiro, permite que as multas sejam cobradas até seis meses após a renovação — que garante contratos de mais 30 anos. A medida é alvo de ação popular, que critica a leniência da agência diante de falhas graves. A Aneel diz que a decisão final cabe ao Ministério de Minas e Energia.

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