RIO – O cantor Mauro Davi Nepomuceno, o Oruam, voltou ao centro da cena policial na noite desta segunda-feira (21) ao reagir com violência a uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em sua mansão no Joá, Zona Oeste do Rio. O objetivo da ação era localizar um adolescente suspeito de ser segurança do traficante Doca, chefe do Comando Vermelho no Complexo da Penha. Oruam e amigos arremessaram pedras, xingaram policiais e um dos envolvidos foi preso por desacato e lesão corporal.
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O cantor filmou o cerco policial e o delegado Moyses Santana nos stories do Instagram, e incitou sua base de fãs: “Quem estiver de moto, brota no Joá. Me ajuda!”. Em outro vídeo, ele declarou: “Claro que ele quer prender a gente, nós é filho de bandido”, numa referência ao pai, Marcinho VP, um dos líderes da cúpula do CV.
A operação terminou em confronto direto. Imagens mostram pedras sendo lançadas contra os agentes, e um suspeito foi detido no local. Após o tumulto, Oruam gravou novos vídeos já no Complexo da Penha, onde desafiou as autoridades: “Tô aqui na Penha, quero ver vocês me pegarem aqui dentro do Complexo!”
Na manhã desta terça-feira (22), o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, foi categórico ao comentar o episódio: “Se alguém ainda tinha dúvida sobre o Oruam ser artista ou marginal, hoje está claro. É um marginal da pior espécie, ligado diretamente ao Comando Vermelho”, afirmou ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
O secretário confirmou que o rapper será indiciado por associação para o tráfico, diante das evidências de ligação direta com integrantes da facção e de uso da mansão como esconderijo para criminosos.
Essa não foi a primeira prisão de Oruam em 2025. Em fevereiro, ele foi detido por abrigar o foragido Yuri Pereira Gonçalves, ligado a facções criminosas, dentro de sua casa. Na ocasião, a polícia apreendeu uma pistola 9mm com kit-rajada, munições, rádios e joias. Dias antes, o cantor também havia sido preso por direção perigosa, após fazer um cavalo-de-pau na frente de uma viatura da PM na Barra da Tijuca.
Ainda conforme a polícia, os agentes da DRE foram à casa de Oruam após receberem informações de que um adolescente apontado como segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do CV no Rio, estaria lá. O cantor teria fugido junto com o menor de idade para a Penha.
‘Marginal da pior espécie’
Na manhã desta terça-feira, o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, comentou o episódio ocorrido na casa de Oruam e afirmou ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que o rapper é um “marginal da pior espécie e ligado ao Comando Vermelho”. Oruam será indiciado por associação para o tráfico, por ligação direta dele com a facção,, disse Curi.
— Se alguém, tinha dúvida se era uma marginal ou um artista periférico, está claro: é um marginal — afirmou o delegado.
Prisões seguidas
Em fevereiro deste ano Oruam foi preso em flagrante por abrigar em sua casa um foragido da Justiça. O cantor era alvo de buscas, mas policiais encontraram na casa dele o traficante Yuri Pereira Gonçalves, que era procurado por organização criminosa. Com ele havia uma pistola 9mm com kit-rajada e munição. O rapper foi liberado horas depois.
Na semana anterior ele já havia sido preso na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital, após dar um “cavalo-de-pau” na frente de um carro da Polícia Militar e parar virado para a contramão. Autuado em flagrante por direção perigosa, o rapper pagou uma pensão de R$ 60 mil e foi solto.
As imagens da operação e os vídeos postados por Oruam foram entregues à Polícia Civil, que agora investiga o envolvimento do cantor com o tráfico e o uso de suas redes sociais para incitar confrontos com o Estado.
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O post Polícia faz cerco à casa de Oruam, que xinga delegado e lança pedras em agentes; cantor será indiciado por associação para o tráfico, afirma secretário apareceu primeiro em Rlagos Notícias.