Rio de Janeiro – Policiais civis da 15ª DP (Gávea) prenderam, nesta quarta-feira (11), um casal apontado como os principais caçadores e traficantes de primatas silvestres em atuação no município do Rio de Janeiro. A dupla foi detida enquanto se deslocava para o Jardim Botânico, na Zona Sul da cidade, onde pretendia capturar novos animais.
Segundo os investigadores, o casal comercializavam filhotes de macaco-prego por meio da internet e ofereciam, de forma clandestina, um serviço ilegal de “legalização” dos animais. A operação foi resultado de uma investigação iniciada em fevereiro deste ano, após o casal furtar um filhote de macaco-prego no Jardim Botânico. Na ocasião, câmeras de segurança registraram o momento em que os criminosos arrancaram o filhote das costas da mãe, que correu desesperadamente atrás deles para tentar recuperar a cria.
Com base nas imagens, a equipe da 15ª DP deu início às diligências e conseguiu resgatar o filhote dias depois, nas proximidades da comunidade dos Prazeres. As apurações revelaram que os suspeitos atuavam com o aval de uma facção criminosa e comercializavam os animais de forma recorrente, além de tentar regularizar ilegalmente os bichos capturados.
Após cruzamento de dados, monitoramento de câmeras e informações de inteligência, a Polícia Civil identificou que a dupla voltaria ao Jardim Botânico nesta quarta-feira (11). A equipe montou uma ação conjunta com o programa Segurança Presente e conseguiu capturar os suspeitos antes que novos crimes fossem cometidos.
No momento da prisão, os agentes encontraram com os criminosos uma grande quantidade de alimentos como pães, bananas e biscoitos, além de sedativos usados para entorpecer os animais e uma rede destinada à captura. Contra o casal, havia mandados de prisão preventiva expedidos por associação criminosa e caça ilegal de animal silvestre.
O caso contou com apoio da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal. De acordo com a 15ª DP, os dois possuem juntos 20 anotações criminais, que incluem crimes como furto, receptação qualificada, crimes contra a fauna, associação criminosa e falsidade ideológica.
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