RIO – O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, protagonizou mais um episódio violento na noite desta segunda-feira (22), ao tentar impedir agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de cumprirem um mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 17 anos escondido em sua mansão no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, o menor seria segurança de um dos chefes do Comando Vermelho, e o cantor partiu para cima da equipe, xingando e atirando pedras nos policiais civis.
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Imagens nas redes sociais mostram o momento em que o delegado Moyses Santana, da DRE, chega à residência. Visivelmente alterado, Oruam grita: “Tu é cuz, filho da put*”, em direção ao delegado, antes de gravar um vídeo para seu Instagram, alegando perseguição: “Se eu tenho dinheiro hoje é graças a mim, o Estado nunca me deu nada. O Estado cria um monstro.”
Durante a ação, o adolescente e outras quatro pessoas foram abordadas ao sair da casa. Oruam e mais oito pessoas começaram a agredir os agentes com pedras, ferindo um dos policiais. Um dos envolvidos correu para dentro da casa, forçando os policiais a invadir o imóvel. O suspeito foi preso em flagrante e autuado por desacato, lesão corporal, ameaça, associação ao tráfico e resistência qualificada.
Horas depois, o rapper fugiu para o Complexo da Penha, dominado por traficantes ligados ao CV, e gravou novo vídeo desafiando a polícia: “Quero ver vocês me pegarem aqui dentro do Complexo, porque aqui vocês peidam.”
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, classificou Oruam como “marginal da pior espécie”, afirmando que ele faz parte da facção Comando Vermelho e mantém vínculos com criminosos foragidos. Curi lembrou que essa é a segunda vez que um integrante da facção é localizado na casa de Oruam em menos de seis meses.
Em fevereiro, o rapper foi preso em flagrante por esconder outro foragido, Yuri Pereira Gonçalves, dentro de casa. Na ocasião, foram apreendidas armas, munições, rádios comunicadores e joias, além de uma pistola 9mm e um kit rajada. Oruam também já foi autuado por direção perigosa, após realizar uma manobra imprudente durante blitz na Barra da Tijuca.
Filho do traficante Marcinho VP, um dos líderes históricos do Comando Vermelho, preso em presídio federal desde 1996, Oruam tem o rosto do pai tatuado no peito e frequentemente faz apologia ao crime nas redes sociais e shows. Em 2024, no Lollapalooza, subiu ao palco com a imagem de Marcinho e a palavra “liberdade” estampada na camisa.
A Polícia Civil já o indiciou por associação para o tráfico de drogas, e investiga se ele abriga criminosos em sua mansão como estratégia de proteção da facção.
O Disque Denúncia pede informações pelo telefone (21) 2253-1177 ou pelo WhatsApp (21) 98849-6254. O anonimato é garantido.
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