“O meu também é Jordy”: Justiça põe fim à briga entre irmãos e nega exclusividade do sobrenome político

Redação
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RIO DE JANEIRO – Chegou ao fim, pelo menos na esfera cível, a polêmica disputa familiar entre os irmãos Carlos Jordy e Renan Jordy, ambos filiados ao PL, pelo direito de uso do sobrenome “Jordy” — nome que ganhou força nas urnas e se transformou em uma marca eleitoral. A Justiça decidiu que nenhum dos dois tem exclusividade sobre o uso do nome, autorizando ambos a seguirem utilizando a alcunha na vida pública.

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A decisão foi proferida pelo juiz Victor Agustin Jaccoud Diz Torres, que rejeitou o pedido do deputado federal Carlos Jordy, que tentava impedir o irmão, o deputado estadual Renan Jordy, de usar o sobrenome publicamente. Na ação, Carlos alegava que Renan estaria se aproveitando de sua trajetória política e que a utilização do mesmo nome poderia causar danos à sua imagem.

No entanto, o argumento não convenceu a Justiça. O magistrado foi categórico:
“Ninguém pode se assenhorar de um nome ou de um tratamento público. Nem o autor, nem o Jordy original”, afirmou, em referência ao cantor francês da década de 1990 que teria inspirado o apelido de infância de Carlos.

Um “Jordy” sem batismo

A curiosidade do caso é que nenhum dos irmãos tem de fato o sobrenome Jordy em seus registros de nascimento. Carlos Jordy se chama Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior, e Renan, Carlos Renan Leal de Mattos. O nome “Jordy” foi incorporado posteriormente por Carlos por decisão judicial, e passou a ser utilizado como nome de guerra político, inspirado no apelido que ganhou na infância.

Renan, por sua vez, passou a usar o sobrenome somente em 2022, após a eleição de Carlos para a Câmara dos Deputados em 2018. Na disputa de 2020, ainda concorreu como Renan Leal, mas sem sucesso. Já em 2022, usando Renan Jordy, conseguiu uma vaga como suplente na Alerj, assumindo de forma efetiva após dois deputados do PL se tornarem secretários estaduais.

Justiça aponta erro de foro

A sentença também afirma que a discussão, além de improcedente, deveria ser levada à Justiça Eleitoral, uma vez que o sobrenome passou a ser utilizado como elemento de campanha e identificação política, e não como uma marca de uso privado ou de direito autoral.

Com isso, Carlos Jordy segue com seu nome político consolidado, mas sem o monopólio da alcunha que hoje também estampa o material de campanha do irmão.

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