RIO DE JANEIRO – Funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passaram por momentos de pânico na manhã desta quinta-feira (31), ao se verem em meio a um tiroteio intenso durante uma operação da Polícia Civil em Manguinhos, Zona Norte do Rio. Passageiros de um ônibus interno da instituição precisaram se deitar no chão do coletivo para escapar dos disparos.
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A operação, realizada desde as primeiras horas do dia, tinha como alvo foragidos da Justiça escondidos na comunidade do Mandela, vizinha à Fiocruz e separada apenas por um rio. Durante o confronto, ao menos um suspeito morreu e outras três pessoas foram baleadas, uma delas com anotação criminal.
Diante da situação, a instituição acionou o protocolo de segurança nível 2, utilizado quando há disparos próximos ao campus. Apesar do alerta, as atividades internas foram mantidas.
O Museu da Vida Fiocruz, voltado à visitação pública, suspendeu o funcionamento nesta quinta-feira por “motivo de força maior”. A previsão da administração é retomar as atividades nesta sexta-feira (1º).
Uma manifestação de moradores de Manguinhos na Rua Leopoldo Bulhões chegou a interromper o acesso ao campus por essa via. Após o encerramento do protesto, a circulação foi restabelecida, mas a orientação da Fiocruz é que a entrada seja feita pela Avenida Brasil.
REPETIÇÃO DA VIOLÊNCIA
Esse não é o primeiro episódio de violência envolvendo o entorno da Fiocruz. Em janeiro deste ano, durante outra operação na região, um tiro atingiu o vidro da sala de Automação de Bio-Manguinhos — fábrica de vacinas — e estilhaços feriram uma funcionária. Na ocasião, a instituição afirmou que policiais civis entraram sem autorização no campus, enquanto a corporação alegou que os disparos partiram de criminosos.
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