Uma clínica de estética foi fechada pela polícia em Itaguaí, na Baixada Fluminense, após a morte da cabeleireira Fabiana dos Santos Lima. A vítima faleceu dias depois de se submeter a um procedimento com injeções de substâncias na barriga e nas nádegas. A esteticista responsável pelo procedimento não possuía autorização para realizar aplicações injetáveis.
A interdição do estabelecimento ocorreu após uma investigação que durou quatro meses, durante a qual foram apreendidos materiais irregulares no local. A esteticista, que não teve o nome divulgado, será indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e por fraude processual, devido à violação do lacre de interdição da clínica.
De acordo com informações da polícia, Fabiana buscou a clínica para a realização de um procedimento estético com o objetivo de modelar o corpo. No entanto, dias após as aplicações, ela começou a se sentir mal e veio a óbito.
Os filhos de Fabiana dos Santos Lima relatam que a mãe vivia de boa saúde e estão em busca de justiça. Eles esperam que o caso sirva de alerta para evitar que novas tragédias aconteçam. A família clama por uma rigorosa apuração dos fatos e a punição da responsável.
O caso levanta, mais uma vez, o debate sobre os perigos de procedimentos estéticos invasivos realizados por profissionais não habilitados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia e o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) alertam constantemente para os riscos de complicações graves, incluindo infecções, necrose de tecidos e até mesmo a morte, quando tais procedimentos são conduzidos de forma inadequada. As entidades reforçam a importância de a população buscar profissionais qualificados e estabelecimentos regularizados para a realização de qualquer intervenção estética.