Morte de traficante reacende guerra entre facções na Zona Norte do Rio

Redação
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Rio de Janeiro A guerra entre facções criminosas na Zona Norte do Rio ganhou um novo capítulo sangrento nesta segunda-feira (9), com a morte de Kaio da Silva Honorato, conhecido como “Kaioba”, um dos líderes do tráfico de drogas no Morro do Dezoito, em Água Santa. O traficante foi executado a tiros no Morro do Fubá, área disputada entre criminosos do Comando Vermelho (CV) e do Terceiro Comando Puro (TCP).

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Segundo relatos, a execução foi realizada por integrantes do TCP. O corpo de Kaioba foi transportado em um carro até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, onde equipes do 3º BPM (Méier) foram acionadas para verificar a entrada de um homem baleado. Ao chegarem, os policiais identificaram o ferido como Kaio Honorato, que não resistiu aos ferimentos.

Conhecido nas redes sociais por ostentar armas, drogas e bebidas ao lado de outros criminosos, Kaioba se apresentava como membro da “Equipe Caos” e “artilheiro” do Comando Vermelho. Ele seria responsável por coordenar ataques aos Morros do Fubá e Campinho, regiões estratégicas para o tráfico de drogas, cuja disputa com o TCP já se arrasta há mais de dois anos, deixando um rastro de mortes e medo entre os moradores.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando a morte. Peritos estiveram no local do crime e outras diligências seguem em andamento para identificar os responsáveis e esclarecer as circunstâncias da execução.

Noite de tensão em outras comunidades

Ainda na noite de segunda, moradores dos Morros dos Macacos e do Andaraí, também na Zona Norte, relataram intensos tiroteios e o barulho de fogos de artifício. Em redes sociais, testemunhas afirmam que os disparos seriam parte de uma comemoração promovida pelo TCP em razão da morte de Kaioba. Outros relatos sugerem que os fogos estariam ligados a uma suposta invasão do CV ao Morro do Cruz.

“Ouvi muitos tiros e fogos no Andaraí”, escreveu uma moradora. “Parecia guerra, granada, rajada… nunca vi assim”, relatou outra.

A escalada da violência reacende o alerta para os confrontos diários em comunidades controladas por facções rivais, onde a população vive sob constante risco em meio a um conflito que parece longe de ter fim.

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