BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez duras críticas nesta sexta-feira (1º) à atuação de uma “organização miliciana” que estaria tentando impor sanções dos Estados Unidos ao Brasil, com o objetivo de enfraquecer os julgamentos sobre a tentativa de golpe de Estado e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem citar nomes, o ministro mirou indiretamente o deputado Eduardo Bolsonaro e o comunicador Paulo Figueiredo, que vêm defendendo abertamente as retaliações americanas.
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“Estamos vendo condutas dolosas e recorrentes de uma verdadeira organização criminosa que age de maneira covarde e traiçoeira para submeter o Supremo ao crivo de um Estado estrangeiro”, declarou Moraes, durante sessão no STF. Para ele, trata-se de uma tentativa explícita de coação institucional, que representa um “atentado à soberania nacional”.
O ataque ao PM da reserva que resultou na morte de uma criança de 3 anos em Duque de Caxias foi citado como reflexo do crescimento do crime organizado — um dos temas que o ministro associou à atuação digital de “pseudo-patriotas”, que, segundo ele, “ameaçam famílias de ministros” e praticam o mesmo tipo de comportamento do submundo miliciano.
Moraes também criticou Donald Trump, que teria condicionado a retirada de tarifas sobre produtos brasileiros ao arquivamento do processo contra Bolsonaro. “Esperar fraqueza institucional é um erro grave, porque estamos lidando com ministros da Suprema Corte, não com milicianos”, disparou o magistrado.
O ministro garantiu que os quatro núcleos denunciados pela PGR serão julgados ainda neste semestre e que a Corte “não vai se acovardar”. Segundo Moraes, qualquer tentativa de obstrução será tratada como crime de traição ao país.
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O post Moraes ataca ‘organização miliciana’ ligada à extrema direita: “Covarde, traiçoeira e traidora da pátria” apareceu primeiro em Rlagos Notícias.