RIO DE JANEIRO – Um mapa que monitora a atuação de facções criminosas no Rio de Janeiro registrou, na sexta-feira (11), a troca da sigla M (Milícia) por TCP (Terceiro Comando Puro) em Bangu, zona oeste. A informação foi confirmada por moradores e policiais horas após a divulgação e apontaria que a milícia do Catiri teria vendido parte de seu território para o TCP.
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O criador do mapa, que pediu anonimato, relatou que a ferramenta é alimentada por fotos enviadas por moradores e, até mesmo, traficantes, que compartilham imagens de invasões realizadas por facções. O mapa foi desenvolvido como um tipo de extensão do Google Maps, com o objetivo de ajudar motoristas, como taxistas e mototaxistas, a evitarem áreas dominadas por grupos criminosos.
O mapa, que se tornou popular entre moradores e trabalhadores da cidade, já foi consultado por policiais, embora ainda não seja uma ferramenta oficial e apresente algumas inconsistências. Seu criador revelou que, devido ao uso indevido do conteúdo, agora cobra R$ 10 pelo acesso, mas garantiu que o projeto sempre teve como foco a segurança e a proteção dos trabalhadores.
O levantamento também revela a crescente presença do Comando Vermelho, que expandiu sua atuação na região metropolitana, controlando 51,9% das áreas dominadas por facções criminosas, segundo estudo realizado em abril de 2024 pelo Geni/UFF e Instituto Fogo Cruzado.
Como resposta, a Polícia Civil lançou em março a “Operação Contenção”, com o objetivo de barrar o avanço do Comando Vermelho na zona oeste. No dia 10 de abril, a operação resultou no pedido de bloqueio de R$ 6 bilhões relacionados ao Comando Vermelho e ao PCC.
Ainda segundo o criador do mapa, a ideia surgiu após um amigo seu, entregador, ter sido morto ao entrar sem saber em uma área dominada pelo Complexo de Israel, onde Álvaro Malaquias, conhecido como Peixão, comanda o tráfico. Peixão segue foragido e é investigado por terrorismo.
Além de ser uma ferramenta de prevenção, o mapa também reflete a grave situação de segurança pública no Rio de Janeiro. O Instituto Fogo Cruzado apontou que, em 2024, 16 pessoas foram baleadas por engano ao entrarem nas favelas controladas por facções, o maior número desde 2016.
Fonte: Folha de S. Paulo
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