Hugo Motta defende urgência em reforma administrativa no Brasil

Redação
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País – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou neste sábado (7) que o Brasil não pode mais adiar o debate sobre o modelo de Estado. Durante evento promovido pelo Grupo Esfera Brasil, em São Paulo, Motta defendeu a necessidade urgente de uma reforma administrativa, da revisão das isenções fiscais e de uma nova abordagem sobre os gastos públicos.

Segundo o parlamentar, é preciso coragem para reconhecer que a política começa no orçamento público e que a responsabilidade fiscal deve ser um compromisso de todos.

“Chegamos a um ponto de inflexão e estamos numa encruzilhada: o Brasil não pode mais adiar o inadiável, precisa enfrentar o inadiável. Temos bases fortes e instituições consolidadas e estamos carregando um fardo e aprisionados, presos a um modelo de Estado que entrega pouco, cobra mais de quem produz, uma máquina pública que engorda, enquanto o cidadão emagrece”, afirmou Motta.

Ele comparou o atual modelo de Estado a uma “grande costureira” que, diante de cada crise, apenas remenda o “cobertor” sem enfrentar o problema estrutural. “Se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto. Temos um modelo que transfere angústias para o futuro, e isso é ineficiência e injustiça, porque a conta cai no colo do mais fraco. Não é razoável que o Estado siga aumentando a própria barriga”, declarou.

Durante o evento, o Grupo Esfera Brasil lançou o movimento “É da Nossa Conta”, em defesa de um Estado menor e mais eficiente. A iniciativa foi elogiada por Motta, que considerou o movimento necessário e oportuno.

“Se queremos um Brasil justo e sustentável, precisamos fazer agora o que foi adiado por tempo demais: isso exige liderança para construir, para reconciliar o país com a verdade. O tempo da coragem chegou, é da nossa conta organizar o presente, é da nossa conta preparar o futuro, e o futuro começa agora. Vamos organizar agora e fazer o país decolar para o futuro”, disse o presidente da Câmara.

Motta também destacou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa. De acordo com ele, a proposta será apresentada em até 40 dias e trará inovações tecnológicas e critérios de meritocracia adaptados ao serviço público.

“Uma proposta que traga inovações tecnológicas, que são usadas por empresas, adaptadas ao serviço público. Adotar a meritocracia no serviço público e modernizar o Estado. Essa é a principal missão da reforma administrativa que queremos. Também estamos colocando na mesa um corte nas isenções fiscais que ao longo do tempo foram dadas no nosso país, que chegam a um número não mais possível de ser suportado”, declarou.

Neste domingo (8), líderes partidários se reúnem com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir as propostas do governo voltadas ao equilíbrio fiscal. Para Hugo Motta, a reunião representa uma oportunidade decisiva para avançar na agenda de responsabilidade com as contas públicas.

“É hora de abandonar a lógica da acomodação e abraçar a da inovação, é essa escolha que está diante de nós. Temos a responsabilidade de fazer essa escolha, o que está em jogo não é um número na planilha, é a liberdade do país de decidir seu rumo”, concluiu.

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