RIO DE JANEIRO – Uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, provocou caos na manhã desta terça-feira (3). A ofensiva resultou na apreensão de um fuzil antidrone, armamento de uso restrito e sofisticado, usado para derrubar aeronaves não tripuladas. A arma foi localizada por equipes do 16º BPM (Olaria) na comunidade da Cidade Alta, em Cordovil, junto com rádios comunicadores, acessórios e drogas.
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A ação teve apoio de unidades especiais como Bope, Choque, BAC, BTM, GAM, NAOE, Recom, BPVE e Gesar, e causou impactos severos no transporte público e nos serviços básicos. A SuperVia suspendeu parcialmente a circulação dos trens do ramal Saracuruna, e o BRT Transbrasil também teve linhas afetadas. A Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio, ficou interditada por quase meia hora durante o tiroteio.
Segundo a PM, o objetivo da operação é sufocar a atuação do grupo criminoso que domina o Complexo de Israel — formado pelas comunidades de Parada de Lucas, Cordovil, Cidade Alta, Brás de Pina e Vigário Geral — apontado como responsável por roubos de veículos, cargas e confrontos armados por disputa territorial.
A porta-voz da corporação, tenente-coronel Claudia Moraes, justificou o bloqueio de vias e a retirada de barricadas como medidas indispensáveis à segurança. “É um protocolo necessário diante da presença de criminosos fortemente armados. A operação visa proteger a vida dos moradores”, afirmou em coletiva.
Com o clima de tensão, 17 escolas da rede municipal suspenderam as aulas e duas unidades de saúde fecharam as portas. Em Vigário Geral, Cidade Alta e arredores, o comércio também foi afetado. Moradores relataram desespero, longas caminhadas e ausência total de transporte.
“Fiquei mais de uma hora esperando um ônibus que nunca veio. Depois disseram que teve operação da polícia. É um desespero sair de casa e não saber se volta”, lamentou Rosângela Martins, auxiliar de serviços gerais.
A PM ainda não divulgou o número de presos, mas confirmou que as buscas continuam dentro das comunidades, com ênfase na localização de esconderijos de armas e drogas com apoio do Batalhão de Ações com Cães (BAC).
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