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Sul Fluminense – Impulsionados pelo clima seco e pelas temperaturas mais baixas, em épocas de frio aumentam os casos de doenças respiratórias como gripe, resfriado, rinites, sinusite, entre outras. Com isso, se torna um período comum em que as pessoas recorrem à automedicação — o uso de remédios sem orientação profissional — em busca de alívio rápido dos sintomas.
Segundo Jessica Nayane, professora de Farmácia da Estácio, o frio favorece essa prática devido à maior circulação de vírus, ao fácil acesso a medicamentos sem prescrição e à ideia equivocada de que sintomas leves não exigem avaliação médica. No entanto, a automedicação pode esconder doenças, causar efeitos colaterais, interações perigosas e até agravar o quadro clínico.
“O uso inadequado de antibióticos é um dos maiores problemas. Muitos os tomam para tratar gripes e resfriados, que são causados por vírus e não respondem a esse tipo de medicamento. Isso favorece a resistência bacteriana, tornando as infecções mais difíceis de tratar no futuro e aumentando o risco de complicações graves”, pondera.
A profissional destaca ainda que medicamentos comuns como anti-inflamatórios, antialérgicos e descongestionantes também exigem cuidado, especialmente para quem tem hipertensão, diabetes ou doenças gástricas. Efeitos colaterais como sonolência, taquicardia, insônia, reações alérgicas e intoxicações são frequentes quando usados de forma errada. E o mesmo vale para fitoterápicos e chás medicinais.
“Mesmo sendo naturais, podem causar efeitos adversos e interagir com outros medicamentos. A crença de que ‘o natural não faz mal’ é um mito. Diante de qualquer sintoma, a melhor atitude é procurar um posto de saúde. Se não for possível, um farmacêutico pode orientar com segurança, avaliando os sintomas e indicando o melhor caminho. Muitas vezes, apenas uma avaliação clínica ou exames podem definir o tratamento correto. O farmacêutico tem um papel essencial na promoção do uso seguro e racional dos medicamentos. Ele orienta, identifica riscos e ajuda a conectar o paciente com o sistema de saúde. Automedicar-se é arriscado. A orientação de um profissional é sempre o caminho mais seguro para cuidar da saúde”, indica a professora.
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