CABO FRIO — De olho nas eleições de 2028, o ex-vereador e ex-secretário de Saúde de Cabo Frio, Dirlei Pereira, começa a mover suas peças no tabuleiro como um grande player da política. Sogro de Aquiles Barreto, atual coordenador da campanha do PSD ao Governo do Estado na Região dos Lagos e homem de confiança do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Dirlei tem dito nos bastidores que está pronto para “salvar Cabo Frio” e realizar, segundo suas próprias palavras, “a maior gestão da história da cidade”.
Por trás do discurso, no entanto, o que se desenha é uma estratégia já conhecida da política cabofriense: a “Aliança do Bem 3.0” — uma reedição da antiga tática de lançar várias pré-candidaturas “fictícias” para, na reta final, unir todos os apoios em torno de um único nome. A famosa fórmula leninista do “dividir para conquistar”.
Dirlei, que já esteve no epicentro de momentos conturbados da saúde pública de Cabo Frio no governo Alair Corrêa, agora busca se colocar como o salvador da pátria cabofriense. Segundo fontes próximas, ele tem atuado como um dos articuladores de um ecossistema de narrativas e ataques coordenados ao atual governo, utilizando diferentes canais e atores políticos para desgastar a imagem da gestão pública atual.
A movimentação de Dirlei vem em sincronia com o fortalecimento do grupo político de Eduardo Paes no interior do estado, especialmente na Região dos Lagos e em Cabo Frio, onde Paes tenta ampliar sua base com vistas às próximas eleições estaduais. Nesse cenário, Aquiles Barreto, genro de Dirlei e figura cada vez mais presente nas articulações, tem papel fundamental.
Embora ainda estejamos a três anos da próxima disputa municipal, os bastidores já fervem — e nomes como o de Dirlei, que haviam sumido do radar político da população, voltam à cena com projetos ambiciosos e cercados de alianças antigas e novas promessas.
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