Ministério Público do RJ desmantela organização criminosa com ramificações em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Barra da Tijuca. Seis pessoas foram condenadas por tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro
Um dos nomes mais temidos do tráfico em Cabo Frio, Cristiano de Souza Barreto, conhecido como “Fofão”, foi condenado a mais de 41 anos de prisão por comandar um esquema milionário de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro com atuação interestadual. A sentença, obtida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no último dia 28, também atingiu outros cinco integrantes do grupo criminoso, com penas que variam de cinco a 27 anos.
A quadrilha operava a partir da comunidade Praia do Siqueira, e movimentava grandes somas de dinheiro por meio de empresas de fachada e até uma clínica de estética, usada para lavar recursos ilícitos. A investigação teve início após a prisão de David dos Santos Gregório, ligado diretamente à organização.
O rastreamento bancário revelou movimentações suspeitas nas contas de Cristiano e de sua companheira, Jhenifer Grazielle Ferreira Bastos, que recebeu pena de 27 anos e seis meses. Ela é apontada como responsável por abrir a clínica usada para encobrir o dinheiro do tráfico.
O esquema ainda envolvia duas irmãs de Naviraí (MS), Lilian e Larissa Benites Nonato, que compravam drogas na fronteira e enviavam para a Região dos Lagos. As duas foram condenadas a penas de cinco anos em regime semiaberto.
Cristiano, que foi preso em um apartamento de luxo na Praia da Barra da Tijuca em novembro de 2024, deixou o comando local nas mãos de Helio Marcio Chaves da Conceição, o “Tio Zé”, condenado a oito anos e seis meses.
Além das penas, bens de Cristiano e Jhenifer foram bloqueados pela Justiça. O caso reforça o cerco das autoridades contra a estrutura financeira do tráfico no interior do estado.
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