Bolsonaro à beira da prisão: PGR pede prisão de Mauro Cid após família deixar o país e suspeita de fuga se intensifica

Redação
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BRASÍLIA – O cerco ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se apertou ainda mais nesta sexta-feira (13), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos principais delatores da trama golpista. O pedido foi motivado pela saída recente da família de Cid para os Estados Unidos, o que acendeu o alerta na Polícia Federal sobre um possível plano de fuga.

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A operação desta sexta-feira foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou buscas na casa de Mauro Cid em Brasília e convocou o militar para um novo depoimento. Moraes também foi acionado pela PGR para tomar providências urgentes, considerando a proximidade do fim da fase de instrução do processo que julga a tentativa de golpe articulada após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022.

Segundo a investigação, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e aliado de Bolsonaro, tentou obter um passaporte português para Cid junto ao consulado de Portugal em Recife. Ele foi preso preventivamente por suspeita de ajudar na possível fuga. A defesa de Cid alegou que a família viajou para Los Angeles para comemorar eventos familiares e que a volta está marcada para o dia 20 de junho, com passagens compradas de ida e volta.

O procurador-geral Paulo Gonet afirmou em manifestação ao STF que a tentativa de obtenção do passaporte reforça os indícios de obstrução da Justiça e favorecimento pessoal, agravando a situação do tenente-coronel. Caso fique comprovado que Cid mentiu ou tentou fugir, ele pode perder os benefícios da delação premiada, comprometendo ainda mais a posição de Bolsonaro no processo.

O próprio ministro Alexandre de Moraes já havia solicitado esclarecimentos sobre a suposta solicitação de passaporte português. A defesa de Cid nega qualquer intenção de fuga e afirma que a cidadania portuguesa foi pedida apenas porque toda a família já possui o mesmo status.

A escalada dos acontecimentos deixa Bolsonaro cada vez mais pressionado. Mauro Cid foi peça-chave no avanço das investigações, apontando diretamente o ex-presidente como líder de uma articulação golpista. Se os indícios de tentativa de evasão forem confirmados, o impacto pode ser devastador para a estratégia de defesa do ex-presidente.

O clima em Brasília é de forte tensão. A expectativa nos bastidores é que Moraes decida nas próximas horas se acata ou não o pedido de prisão preventiva de Mauro Cid, o que pode desencadear uma nova etapa na crise que envolve Bolsonaro e seus aliados diretos.

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