RIO DE JANEIRO – Após a morte do jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, durante uma ação do Bope em uma festa junina no Morro Santo Amaro, o governador Cláudio Castro (PL) determinou, junto ao comando da Polícia Militar, que todas as operações e abordagens policiais em comunidades do estado do Rio estão suspensas por tempo indeterminado.
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A decisão vale para todas as cidades, incluindo Cabo Frio, Três Rios, Volta Redonda e municípios da Baixada e Região Metropolitana. As patrulhas devem se limitar às vias principais, sem qualquer incursão em áreas consideradas de risco ou de domínio do tráfico, mesmo em caso de suspeita. Viaturas estão proibidas de entrar em comunidades até nova ordem.
A medida emergencial foi anunciada após o governador exonerar o comandante do Bope, coronel Aristheu de Góes Lopes, e o do COE (Comando de Operações Especiais), coronel André Luiz de Souza Batista, além de afastar 12 policiais que participaram diretamente da operação que terminou com a morte do jovem.
O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, admitiu publicamente que os agentes envolvidos não seguiram os protocolos operacionais da corporação, e confirmou que a ação não foi comunicada previamente ao alto comando da PM. Ele declarou ainda que todas as imagens das câmeras corporais dos agentes foram recolhidas e serão enviadas ao Ministério Público e à Corregedoria.
Herus foi baleado durante a festa junina, em frente a uma padaria onde havia ido comprar um lanche. Segundo relatos da família, ele ainda tentou pedir socorro, mas foi arrastado por um policial que teria acusado a vítima de ser vigia do tráfico. A mãe de Herus, Mônica Mendes, afirmou que o filho foi impedido de receber ajuda e que houve deboche por parte dos agentes.
A decisão de suspender as operações gerou impacto direto nas ações de policiamento em diversas cidades. Nas últimas 24 horas, comandos locais da PM receberam ordens para não realizar incursões em comunidades, mesmo diante de denúncias anônimas. A orientação oficial é de patrulhamento apenas externo, respeitando a determinação do governador.
A medida visa evitar novas tragédias enquanto as investigações seguem em curso. O caso é tratado como prioritário pelo Ministério Público, que abriu procedimento com base em denúncia apresentada pelas deputadas Renata Souza e Talíria Petrone, que apontam possível violação a tratados internacionais de direitos humanos.
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