RIO DE JANEIRO – Um dos criminosos mais temidos e procurados do estado, o traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, foi executado com um tiro na cabeça pela própria esposa na noite deste domingo (1º), dentro de sua casa na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.
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A execução ocorreu em meio a um desentendimento ainda não totalmente esclarecido. De acordo com áudios e relatos que circulam em redes sociais e grupos de mensagens, a companheira do traficante teria disparado diretamente contra ele após uma discussão dentro da residência. Fontes da própria facção confirmaram o crime e afirmam que o disparo foi fatal.
Considerado o principal comprador de armas e drogas do Comando Vermelho, Professor era o “matuto”, termo usado para designar o mandante e administrador da área do tráfico. Atingido na cabeça, ele ainda foi colocado por comparsas em um veículo e levado para fora da comunidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.
Logo após o crime, a cúpula do tráfico local cercou a casa onde ocorreu a execução, e a mulher permaneceu no imóvel sob vigilância de homens armados. O entorno foi tomado por traficantes que se posicionaram em pontos estratégicos, provocando um clima de guerra e tensão na comunidade, com ruas esvaziadas e comércio fechado.
A Polícia Militar e a UPP da região ainda não realizaram incursões na área por causa do risco de confronto, já que a comunidade está dominada por criminosos fortemente armados. Internamente, a morte do Professor já provoca inquietação entre os líderes da facção, que temem um racha interno ou disputa por poder.
Professor era alvo de diversas operações da Polícia Federal e da Polícia Civil, especialmente por seu papel no tráfico internacional de armas, abastecendo comunidades do Rio com fuzis e pistolas de origem europeia. Era foragido desde 2018 e nunca mais havia deixado o Complexo do Alemão.
A morte do chefão reacende o alerta nas forças de segurança. A inteligência da Polícia Civil monitora a movimentação de aliados do CV em outras favelas para evitar possíveis retaliações ou rebeliões internas. A Secretaria de Segurança acompanha a situação com atenção máxima.
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