Afastado do cargo, ex-prefeito de Três Rios articula candidatura da esposa Simone Medina em possível eleição suplementar

Redação
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TRÊS RIOS – O ex-prefeito Joacir Barbaglio, conhecido como Joa, está articulando nos bastidores a candidatura da esposa, Simone Medina, para disputar uma eventual eleição suplementar no município de Três Rios. A movimentação ocorre após Joa ser afastado definitivamente do cargo por decisão judicial, sem previsão de retorno e ainda sem data marcada para o julgamento final.

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Eleito em outubro de 2024, Joa conseguiu tomar posse graças a uma liminar, assumindo o comando da Prefeitura em janeiro de 2025. No entanto, com a queda da liminar após recursos, o ex-prefeito foi retirado do cargo de forma definitiva. Com a vacância, quem assumiu interinamente a chefia do Executivo foi o presidente da Câmara Municipal, Jonas Dico, popularmente conhecido como Jona Dico.

Caso a Justiça confirme a inelegibilidade definitiva de Joa, o município deverá passar por uma nova eleição, que terá o formato de suplementar. De acordo com apurações do Portal RLagos Notícias, o ex-prefeito já trabalha para manter seu grupo no poder e pretende investir todas as fichas na candidatura da esposa, por não confiar nem mesmo nos vereadores aliados que o apoiaram anteriormente.

Nos bastidores, o cenário é de disputa intensa. Diversos nomes já se colocam como possíveis candidatos à Prefeitura em uma eventual eleição suplementar, o que promete acirrar ainda mais a batalha política na cidade.

Relembre o caso:

O ex-prefeito Joacir Barbaglio, o Joa, perdeu definitivamente o comando da Prefeitura de Três Rios após decisão do ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que revogou a liminar que o mantinha no cargo. A medida foi proferida no dia 9 de junho e sepultou as esperanças do político de continuar à frente do Executivo municipal.

Joa teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) às vésperas do pleito de 2024. Mesmo assim, concorreu com o nome na urna, obteve 60,99% dos votos válidos e foi o mais votado. A impugnação foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral e pela coligação do candidato derrotado Vinícius Farah (União Brasil).

A inelegibilidade se deu porque Joa teve as contas rejeitadas quando foi presidente da Câmara de Vereadores de Três Rios, o que configurava motivo legal para barrar sua candidatura. Sua defesa chegou a apresentar decisão judicial que suspenderia os efeitos do acórdão do TCE-RJ, mas o documento só foi expedido após o primeiro turno, o que contrariava as normas do TSE e a jurisprudência do STF.

Em dezembro de 2024, o próprio Mendonça havia concedido uma liminar permitindo que Joa fosse diplomado e tomasse posse em janeiro de 2025. No entanto, ao julgar o mérito em março, o ministro votou pela revogação da liminar e pelo indeferimento definitivo do registro. A decisão foi consolidada agora em junho.

Na decisão, Mendonça destacou que a data da primeira votação é o marco para aferição das condições de elegibilidade, e qualquer alteração posterior não teria validade jurídica. Com isso, Joa foi afastado definitivamente do cargo, e o presidente da Câmara, Jona Dico, assumiu interinamente.

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