O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (4/8) a prisão domiciliar do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A decisão impõe uma série de restrições severas ao ex-mandatário, que se encontra em sua residência em Brasília.
A Polícia Federal foi a responsável por cumprir o mandado no final da tarde de hoje. Além da ordem de prisão domiciliar, os agentes federais executaram um mandado de busca e apreensão que resultou na coleta de aparelhos celulares de Bolsonaro.
De acordo com a determinação de Moraes, o ex-presidente está proibido de manter qualquer tipo de contato com o mundo exterior, com exceção de seus advogados legalmente constituídos e outras poucas pessoas que venham a ser expressamente autorizadas pelo STF.
As restrições são detalhadas e visam a impedir qualquer tipo de comunicação que possa interferir no andamento das investigações. Bolsonaro não poderá utilizar telefones celulares, seja diretamente ou por intermédio de terceiros. A proibição se estende aos seus visitantes autorizados, que também não poderão portar aparelhos celulares, realizar fotografias ou gravar vídeos durante os encontros.
A medida representa um novo e drástico capítulo nas investigações que miram o ex-presidente e seus aliados. A decisão de Moraes, cujos fundamentos ainda não foram integralmente divulgados, sinaliza um avanço significativo nas apurações conduzidas pela Suprema Corte.
A defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a decisão. A expectativa é que os advogados do ex-presidente recorram da medida, buscando reverter a prisão domiciliar e as restrições impostas.
O cenário político nacional, já conflagrado, tende a se acirrar ainda mais com a notícia. Aliados de Bolsonaro devem se mobilizar em críticas à decisão do ministro Alexandre de Moraes, enquanto opositores podem ver a medida como um passo necessário para a garantia da ordem e o avanço da justiça.