BRASÍLIA – A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo descumprimento de medidas cautelares provocou forte reação no meio político nesta segunda-feira (4). Aliados criticaram duramente a medida, enquanto opositores comemoraram a decisão.
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No X (antigo Twitter), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) classificou o ato como “ditadura declarada” e “vingança política”. Já Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou a situação de “ditadura confusa” e disse que Bolsonaro foi “preso por nem falar”. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que é um “dia triste” e que a prisão “antes do julgamento” é juridicamente inaceitável.
Por outro lado, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu que a medida é “proporcional à gravidade dos atos” e puniu a “reincidência deliberada” de Bolsonaro. A deputada Duda Salabert (PDT-MG) celebrou a decisão afirmando que “a democracia resiste”, enquanto Jandira Feghali (PCdoB-RJ) declarou que “ninguém está acima da lei” e defendeu “sem anistia” para crimes contra o Estado Democrático.
A prisão domiciliar foi decretada após Moraes entender que Bolsonaro utilizou redes sociais de terceiros, incluindo as dos filhos, para enviar mensagens consideradas de incentivo a ataques ao STF e de apoio à intervenção estrangeira no Judiciário.
Bolsonaro está proibido de receber visitas — exceto de familiares e advogados — e de usar celulares, próprios ou de terceiros, até nova decisão judicial.
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