
Quando em 2008 o professor de História Marcelo Freixo, então deputado estadual, presidiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para estancar uma nova modalidade de crime no Rio, o que se convencionou chamar de milícia, a comparou com máfia, afirmando que ela se sustenta através de uma base econômica e política que se mistura com agentes do Estado.
O que acontece hoje na Baixada Campista é o fenômeno da “milícia privada”, que usa o mesmo modus operandi do Rio, ou seja, extorsão, ameaças, domínio de território, ocupação imobiliária e a morte de quem não se submete à sua criminosa lei.
As atividades de milícia privada foram implantadas há pelo menos dois anos na Baixada Campista, sob o comando do tráfico de drogas, que percebeu ser mais fácil ganhar dinheiro com esse combo de crimes.
A reportagem especial investigativa do J3 mostra os bastidores da “milícia privada”, que leva pavor, pânico, medo e terror à Baixada Campista, destacando também ações da polícia na repressão a esta modalidade de crime.
A máxima da milícia é fazer com que a pessoa pague para que ela a proteja dela mesma. Neste contexto, a extorsão é o produto mais imposto, principalmente aos comerciantes da área. Mas existem outras vertentes, inclusive construção de imóveis em áreas públicas para cobrar aluguel, como acontece em Rio das Pedras, na Zona Oeste carioca, apontado como berço das milícias no Estado do Rio.
Essa atividade criminosa se impõe através do terror. Se o problema não for encarado com a complexidade que ele exige, não avançaremos na solução, e o problema na forma de conjunto de crimes aumentará.
O post Milícia privatizada pelo tráfico apareceu primeiro em J3News.