Campanha alerta para prevenção do câncer de cabeça e pescoço

Redação
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Ação|Equipe do Beda engajada na disseminação de informações (Fotos: Isabel Calil)

O Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é lembrado neste 27 de julho. A campanha Julho Verde, criada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, visa alertar, orientar e informar sobre a doença. Uma série de ações promovidas pelo Hospital Dr. Beda reforça a importância da informação como ferramenta de prevenção. De acordo com o médico-cirurgião Raphael Sepulcri, o objetivo principal é alertar a população sobre os fatores de risco, sinais de alerta e formas de prevenção da doença, que pode ser evitada em grande parte dos casos.

Entre as ações deste ano, destacam-se palestras em escolas, encontros com funcionários do hospital, divulgação nas redes sociais e uma grande mobilização no sábado (26), na Praça do Flamboyant. A atividade contou com a presença da equipe multidisciplinar, distribuição de materiais informativos e um treino coletivo com professores do Studio Fabrício Bastos.

Segundo Raphael Sepulcri, os tumores de cabeça e pescoço englobam diferentes áreas, como boca, garganta, laringe, glândulas salivares e tireóides, além da pele e dos seios da face. Tabagismo e consumo de álcool continuam sendo os principais fatores de risco, mas a infecção pelo vírus HPV tem aumentado os casos de câncer de orofaringe, tornando a vacinação e a prevenção comportamental ainda mais relevantes. O médico alerta que os sintomas iniciais podem ser manchas persistentes na boca ou garganta, rouquidão prolongada, caroços no pescoço, dificuldade ou dor para engolir e feridas que não cicatrizam:

“Quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura podem ultrapassar 90%, mas caem para menos de 50% em estágios avançados”, ressalta.

Entre os avanços recentes no tratamento, Raphael Sepulcri destaca a cirurgia robótica, utilizada para tumores iniciais da base da língua, e a incorporação de imunoterapias, especialmente em casos avançados. No entanto, o enfrentamento da doença exige um forte suporte multidisciplinar, que envolve nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, devido às sequelas que afetam a fala, a respiração e a autoestima dos pacientes.

“Além do diagnóstico precoce, precisamos reforçar que este é um câncer altamente prevenível. Evitar tabaco, reduzir o consumo de álcool e se vacinar contra o HPV são medidas fundamentais para diminuir os riscos”, alerta o especialista.

Palestrantes|Médicos Thaís Valente e Raphael Sepulcri no auditório do Hospital Dr. Beda

Falta de informação
A médica-cirurgiã de cabeça e pescoço Thais Valente destaca que o maior desafio no combate ao câncer de cabeça e pescoço é a falta de informação da população sobre os sinais de alerta e os fatores de risco. “A campanha deste ano traz o tema ‘Conhecimento salva vidas’, e nosso objetivo é justamente esse: informar. Muitas vezes, as pessoas desconhecem a gravidade da doença e só procuram ajuda quando ela já está em estágio avançado”, afirma.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados mais de 400 mil casos da doença no Brasil entre 2023 e 2025. Para Thais, o aumento está diretamente ligado ao crescimento dos casos de câncer de orofaringe relacionados ao HPV, que vêm atingindo cada vez mais pacientes jovens. “Antes, não víamos tantos casos em pessoas de menor faixa etária, mas hoje esse perfil está mudando”, explica. Ela complementa:

 “Sobre os sintomas iniciais: feridas na boca que não cicatrizam, manchas vermelhas ou brancas na mucosa, rouquidão persistente e caroços no pescoço. Quando identificados precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%”, conclui. 

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