RIO DE JANEIRO – O núcleo bolsonarista mais próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou emplacar uma manobra para livrar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de um possível processo de cassação por faltas na Câmara. A ideia era nomear o filho 03 como secretário de estado do Rio de Janeiro, numa pasta criada sob medida com atuação internacional — nos Estados Unidos, onde ele está desde o início do ano.
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A nomeação forçaria uma nova licença parlamentar e zeraria a contagem de ausências. O problema? Eduardo não quer voltar ao Brasil para tomar posse, por medo de ser preso. E a legislação fluminense exige que a posse seja presencial.
O pedido foi levado ao governador Cláudio Castro (PL), que ficou numa saia-justa: agradar aos Bolsonaro — com quem está em clima tenso desde a queda de Washington Reis da Secretaria de Transportes — ou evitar desagradar o governo federal e o STF. Interlocutores do governador consultaram informalmente ministros da Corte, que reagiram mal à proposta.
A solução veio de onde menos se esperava: da burocracia. A regra estadual não permite posse remota. Sem disposição de Eduardo de pisar no território nacional, o plano naufragou.
Com isso, Castro escapa de um desgaste político duplo. E, segundo fontes do Palácio Guanabara, o suspiro de alívio pôde ser ouvido até pelas palmeiras imperiais do jardim.
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