Programa SOS Coração em Campos salva 119 vidas no primeiro semestre de 2025

Redação
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Foto: Reprodução / Divulgação

Entre janeiro e junho de 2025, o programa SOS Coração foi responsável por salvar 119 vidas em Campos dos Goytacazes e municípios vizinhos. A média mensal de aproximadamente 20 pacientes atendidos com sucesso evidencia o impacto da iniciativa, que desde sua criação, em 2021, já preservou 548 vidas. No estado do Rio de Janeiro, Campos segue como o único município a dispor de um serviço estruturado com esse perfil.

Lançado em dezembro de 2021 como parte da ampliação da Rede Campos de Saúde Pública, o SOS Coração tem como foco o atendimento rápido e qualificado aos casos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). O diferencial do programa é garantir que o paciente receba os cuidados necessários nas duas primeiras horas após dar entrada nas unidades de emergência — a chamada “hora de ouro”, considerada decisiva para a recuperação e a redução da mortalidade por infarto.

“O ideal é agir com rapidez logo após os primeiros sintomas. Esse intervalo inicial é crucial para preservar o músculo cardíaco, conter a extensão do infarto e oferecer melhores condições de sobrevivência ao paciente”, explica o cardiologista intervencionista Halim Abdu Neme Makhluf, que integra a equipe responsável pelo programa.

Os primeiros sinais — dor no peito, falta de ar e suor excessivo — devem ser reconhecidos com urgência. Após o acolhimento na rede de pronto atendimento, o protocolo prevê a realização de um eletrocardiograma (ECG) em até 10 minutos. Nos casos que exigem intervenção imediata, o paciente é encaminhado para hospitais de referência onde se realiza a angioplastia primária, um procedimento de desobstrução das artérias coronárias.

“Cada segundo conta. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, maior é a chance de evitar sequelas graves no coração. Tempo, nesse caso, é realmente músculo”, reforça Halim.

A atuação integrada de profissionais em terapia intensiva e hemodinâmica é um dos pilares do SOS Coração. Fazem parte da equipe os médicos Abdu Neme, Carlos Eduardo Soares, Celmo Ferreira de Sousa Júnior, Jamil da Silva Soares e Halim Makhluf, com suporte nos CTIs dos especialistas Ailton Xavier e Patrícia Rangel.

O atendimento é coordenado a partir de diversas unidades da rede pública de saúde, entre elas o Hospital Ferreira Machado (HFM), Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José (HSJ), Unidades Pré-Hospitalares 24 horas, UPA de Campos e São João da Barra, além da Santa Casa de São João da Barra e o Hospital Armando Vidal, em São Fidélis. Os casos mais graves são transferidos para a Santa Casa de Misericórdia de Campos ou para o Hospital Escola Álvaro Alvim, onde são realizados os procedimentos de reperfusão.

O programa já obteve reconhecimento estadual. Em abril de 2024, ficou em terceiro lugar na 4ª Mostra Estadual de Práticas de Saúde promovida pelo Cosems RJ e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Com uma estrutura que prioriza agilidade e precisão, o SOS Coração reafirma seu compromisso com a vida. “Salvar 119 vidas em apenas seis meses representa mais do que números: são famílias inteiras que permanecem unidas, histórias que seguem. O SOS Coração não é apenas uma política de saúde. É um compromisso com a continuidade da vida”, conclui o cardiologista Halim Makhluf.

Fonte: Secom/PMCG

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