Cúpula do Brics chega ao fim com apelo por financiamento climático e defesa do multilateralismo

Redação
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RIO DE JANEIRO – A 17ª Cúpula do Brics foi encerrada nesta segunda-feira (7) com a divulgação da Declaração-Marco dos Líderes sobre Finanças Climáticas, em que os países-membros pedem por um sistema de financiamento climático mais justo e eficaz. O documento propõe o uso da força econômica do bloco para fomentar um modelo que combine prosperidade, sustentabilidade e justiça global.

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Durante coletiva de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a cúpula foi “a mais importante reunião que o Brasil já realizou” e defendeu uma nova ordem de cooperação internacional. Lula afirmou que o Brics representa “o novo jeito de fazer o multilateralismo sobreviver”, reforçando críticas à hegemonia das nações desenvolvidas em instituições como ONU, FMI, Banco Mundial e OMC.

A declaração também reforça a necessidade de revitalizar o multilateralismo, apontando-o como essencial para enfrentar os desafios planetários e promover um futuro comum. Segundo o texto, o grupo pretende “romper com o mais do mesmo” e construir alternativas aos modelos financeiros tradicionais impostos por potências econômicas.

Lula ainda criticou a lógica atual dos empréstimos internacionais, apontando que muitas vezes ela serve para sufocar economias emergentes. “Não é emprestar dinheiro e falir os países. É permitir que usem sua dívida para investir em infraestrutura com soberania”, disse o presidente.

A cúpula também marcou a consolidação da expansão do bloco, agora composto por 11 membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Outros países como Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia e Nigéria participam como parceiros estratégicos do Sul Global.

Entre os presentes no evento estavam chefes de Estado e primeiros-ministros das nações-membros, como Narendra Modi (Índia), Li Qiang (China), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Abiy Ahmed (Etiópia) e representantes da Rússia, Irã, Emirados Árabes e Egito.

Ao final do encontro, os líderes reafirmaram o papel do Brics como alternativa ao modelo tradicional de governança global e reforçaram a criação de mecanismos próprios, como o Novo Banco de Desenvolvimento, para fortalecer a autonomia dos países do bloco.

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