RIO DE JANEIRO – A Polícia Civil do Rio investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro atribuído ao traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, morto recentemente durante uma ação policial. De acordo com os investigadores, o esquema utilizava a franquia de restaurantes “Picanha do Juscelino” como fachada para escoar recursos do Comando Vermelho (CV) oriundos da venda de drogas.
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A investigação revela que o restaurante, localizado estrategicamente em frente ao campo da Fazendinha — epicentro do “Baile da Escolinha”, promovido pelo traficante — servia como base logística, econômica e simbólica da facção. Além dos restaurantes, eventos culturais eram usados para dar aparência de legalidade aos recursos, que posteriormente eram enviados a Ponta Porã (MS), fronteira com o Paraguai, onde o grupo adquiria armas de grosso calibre e mais entorpecentes.
A franquia “Picanha do Juscelino”, fundada pelo paraibano Juscelino Medeiros de Lima, foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (3). Segundo a polícia, um dos suspeitos de ligação com o restaurante movimentou R$ 1 milhão em apenas 14 dias. O próprio Juscelino aparece como sócio investidor ao lado de Professor, embora ainda não tenha se pronunciado oficialmente.
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“A escolha do ponto comercial não foi por acaso. Ele era parte da engrenagem do crime, inserido territorialmente e estruturado para operar dentro da lógica de poder da facção”, declarou um investigador da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
A operação também envolve Gabrielle Frazão, mãe de um dos filhos de Professor, que recebeu R$ 66 mil, e Viviane Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, que segundo a polícia, recebeu mais de R$ 1 milhão em transferências de Matheus Gouveia Mendes, outro operador financeiro do CV. Parte do dinheiro foi para contas da empresa Noronha Influenciadora, usada para ocultar a origem criminosa dos valores.
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As investigações mostram que o esquema não se limitava ao Rio. As remessas de dinheiro chegavam até o Mato Grosso do Sul, onde o tráfico adquiria armamentos pesados para abastecer as comunidades dominadas pela facção. O “Baile da Escolinha”, patrocinado por Professor, também é apontado como peça-chave para captação de recursos — e lavagem — dentro da comunidade.
Segundo a Polícia Civil, o grupo lavou mais de R$ 50 milhões em apenas um ano, reforçando a estrutura econômica do Comando Vermelho e promovendo a expansão territorial da organização.
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O post Traficante usava restaurante de picanha para lavar milhões: polícia liga franquia à quadrilha do Comando Vermelho apareceu primeiro em Rlagos Notícias.