Rio – Um dos principais suspeitos de integrar a cúpula do Comando Vermelho (CV), Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, morreu na noite deste domingo (1º), após ser atingido por um disparo na região da cabeça. Foragido da Justiça desde 2018, quando escapou do sistema prisional, ele se escondia no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios (DH) ficará responsável pela apuração do caso.
De acordo com a Polícia Civil, a principal linha investigativa aponta para suicídio, uma vez que a vítima apresentava um único ferimento por arma de fogo, localizado na têmpora.
Fhillip chegou a ser socorrido e levado em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho. Ele deu entrada na unidade por volta das 21h20, mas não resistiu.
A investigação aponta que, nos últimos cinco anos, o “Professor” vinha ganhando influência dentro da facção, assumindo a função de responsável pelo fornecimento de armamento para a expansão do CV na Zona Oeste. Com o tempo, ele também teria passado a controlar a comunidade da Fazendinha, uma das áreas do Complexo do Alemão, onde se manteve recluso nos últimos três anos.
Para evitar ser reconhecido, ele se submeteu a procedimentos estéticos, incluindo implantes capilares, lipoaspiração e tratamento odontológico — todos supostamente realizados em consultórios improvisados dentro da favela.
Desde abril, ele estava sob vigilância da Polícia Federal (PF), suspeito de manter vínculos com integrantes da Polícia Militar (PM).
Em conversas interceptadas com autorização da Justiça, agentes federais identificaram trocas de mensagens entre o traficante e outros interlocutores. Nas comunicações, discutiam-se temas como a mudança no comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, supostos pagamentos de propina e orientações sobre a convivência entre o tráfico e agentes da PM.
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