RIO DE JANEIRO – A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma operação, na manhã desta quinta-feira (29), para investigar gravadoras e artistas do cenário do rap e do trap nacional por apologia ao crime, lavagem de dinheiro e envolvimento com facções criminosas. Um dos alvos centrais é a Mainstreet Records, selo fundado por Lucas Lang e pelo rapper Orochi, que gerencia artistas como Poze do Rodo, Cabelinho e Oruam.
Clique aqui para seguir o canal de notícias nacional do Rlagos Notícias no WhatsApp
Durante a operação, Poze do Rodo foi preso em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Ele é investigado por exaltar o tráfico de drogas em suas músicas, além de suspeitas de atuar diretamente no financiamento de atividades ilícitas ligadas ao Comando Vermelho (CV).
Segundo o delegado Moyses Santanna, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), todos os artistas que se apresentam em comunidades dominadas por facções e exaltam a criminalidade em suas letras passam a ser alvo da investigação. A polícia busca entender como o dinheiro oriundo de shows e streams musicais pode estar sendo utilizado para lavar lucros do tráfico.
A operação escancara o uso da indústria musical como plataforma de propaganda do crime organizado, onde videoclipes com armamentos, referências diretas ao poder de facções e letras que romantizam o tráfico são usados como ferramentas para aliciar jovens e fortalecer o domínio territorial das quadrilhas.
Apesar da repercussão, a Mainstreet Records e os artistas citados ainda não se pronunciaram oficialmente. As investigações seguem em curso e novas prisões não estão descartadas.
Clique aqui para seguir o canal de notícias nacional do Rlagos Notícias no WhatsApp
O post Gravadora dos criminosos: Polícia Civil investiga Mainstreet Records e artistas por apologia ao tráfico e lavagem de dinheiro apareceu primeiro em Rlagos Notícias.